segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

coisas minhas...

Escutou-se um som a meio da música.
E as linhas diziam que procuravam, pelo meu nome, um blog, este blog, naquele momento, no terrível e infindável mundo do "senhor sabe tudo".
E eu pensei: 'Quem será?'
'Não, vou virar costas e continuar na minha limpeza de sempre que tantos ganhos já me trouxe!'


. . . hoje foi um dia estranho, com recordações de muitos anos, do outro lado da fronteira . . . (coisas minhas)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Hipsters e amiguinhos

Hoje disserto sobre a postura de "pseudo". Irrita-me.
Uma musiquinha retro que fere as engrenagens do martelo sobre o estribo e que só meia dúzia aprecia. Uma musiquinha erudita ridícula mas que está na moda entre os hipsters.
Umas vestimentas da moda a aclamar (de forma gritante até) à androginia forçada. E uns acessórios ridículos à mistura também, claro (agora os óculos Nerd parecem ser o vício - e sem lentes de preferência, para gozar com aqueles que os usam diariamente porque precisam).
E depois andam em "bandada", feitos adolescentes. E vão aos locais "in" e olham de lado os "normais/banais-ridículos".
AH! E claro, há que fumar coisas estranhas, experimentar químicos manhosos e falar sobre poesia ou política como se se tratassem de peritos no assunto.
Sinceramente? Que esta espécie que povoa os nossos meios desapareça e amadureça rapidamente! Porque se antes pensava: sinto-me tão normal ao pé deles... agora penso: chiça, fartinho de tanta aberração pseudo, de tropeçar na rua por eles e elas...

. . . desculpem mas é o meu grito de velho do restelo . . .

sábado, 10 de dezembro de 2011

Aparências...

Ilusão. E Jeff Koons é brilhante neste movimento de fazer parecer aquilo que não é, de nos confundir os conceitos... Do ar aparente ao aço... A par de Ciccolinas escandalosas (e partes íntimas à mistura na discussão do que é arte e pornografia), relançou em força a Pop Art no final dos anos 90.








Dog Balloon :: Jeff Koons

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Entardecer

William Turner - Sun setting over a lake

É tarde.
O cinzeiro está cheio de ideias vazias e queimadas tal como o ar, por aquela coisa cinzenta ligada à corrente.
É tarde.
E não se ouve nada. Apenas aquele ruído constante de aquecer um espaço que agora é a minha zona de conforto. Hoje estou sozinho e até gosto. Gosto um pouquinho (não totalmente) porque não vou ter os pés quentes no virar do lençol. Mas gosto. Pouquinho, mas gosto.
É tarde.
E entre nadas e prevaricações no trabalho (que é só de nome, porque não passa de um sustento à minha autonomia e independência), olho para o relógio.
E é tarde. Muito tarde. Já tenho saudades de ver o sol, penso.
Amanhã já o vejo e mudo a rotina porque nunca é tarde...
Fecho tudo isto e vou dormir porque agora, e só aqui e agora, é tarde.

Inicio este blog (que tenderá a desaparecer de forma natural como os mais fracos) com algo que não é meu. Porque foi uma experiência de vida que me deu a ler o início de uma nova vida conjunta quando desacreditava a palavra que tão facilmente e caprichosamente ouvi durante uns anos (e que me secou por uns meses - tretas).

"O toque de alguém, dizia ele, é o verdadeiro lado de cá da pele. Quem não é tocado não se cobre nunca, anda como nu.
De ossos à mostra.
E amar uma pessoa é o destino do mundo."

Valter Hugo Mãe in "O Filho de Mil Homens"